segunda-feira, 31 de março de 2014

O vestir e despir da vida


Fantasias de papel, de cordel e de cetim.
Não é pelo carnaval, é pela vida, assim.
Vão de preto, saem de branco
Cortam e costuram os dias
Curtem e atuam em magias.
Sonhos furta-cores
De amores são também dores.
Cumprem-se os risos e os choros.
Cores mil, brilhos sem fim, explosões
Caramelos, doces, sabores mesclados
Salgados, amargos e apimentados.
Danças, cadências, tendências
Espelhos de cristal, moedas de ouro, estouro.
Um fim, um sim, um cortejo de luto, luta.
Brocados, bordados, tramados, drapeados.
São dois pra lá, dois pra cá
Samba, blues, jazz, tango, valsa, bolero.
Um olhar perdido, sumido, caído

Um adeus, um olá.

Texto extraído do livro "Faíscas da Paixão" de Teresa Azevedo, que pode ser adquirido no site:
www.clubedeautores.com.br
Imagem do blog: amigosdefreud.blogspot.com

O vestir e despir da vida



Fantasias de papel, de cordel e de cetim.
Não é pelo carnaval, é pela vida, assim.
Vão de preto, saem de branco
Cortam e costuram os dias
Curtem e atuam em magias.
Sonhos furta-cores
De amores são também dores.
Cumprem-se os risos e os choros.
Cores mil, brilhos sem fim, explosões
Caramelos, doces, sabores mesclados
Salgados, amargos e apimentados.
Danças, cadências, tendências
Espelhos de cristal, moedas de ouro, estouro.
Um fim, um sim, um cortejo de luto, luta.
Brocados, bordados, tramados, drapeados.
São dois pra lá, dois pra cá
Samba, blues, jazz, tango, valsa, bolero.
Um olhar perdido, sumido, caído

Um adeus, um olá.

sábado, 15 de março de 2014

Mais informações sobre Doação de Órgãos e tecidos



Doação de órgãos

Doar órgãos é um ato de amor e solidariedade.
Quando um transplante é bem sucedido, uma vida é salva e com ele resgate-se também a saúde física e psicológica de toda a família envolvida com o paciente transplantado. 
No Brasil, atingimos a marca de aproximadamente 70.000 pessoas (2007) aguardando por um transplante. Essas vidas dependem da autorização da família do paciente com morte encefálica comprovada autorizar a doação. Um gesto que pode transformar a dor da morte em continuidade da vida.
Encerramos o ano de 2010 com crescimento contínuo na taxa de doação e transplantes no país, tendo quase atingido o objetivo proposto (10 doadores por milhão de população - pmp), ficamos com 9,9 doadores efetivos pmp (aumento de 13,8% em relação a 2009), mas como passamos a utilizar a nova classificação proposta pela OMS, obtivemos 9,6 doadores efetivos com órgãos transplantados.
Com relação à taxa de doadores efetivos com órgãos transplantados, o estado de São Paulo ultrapassou a barreira dos 20 pmp, (21,2), seguida pelo estado de Santa Catarina (17,5 pmp). Entretanto, os estados da região norte necessitam um apoio mais forte, para reverter a sua situação.(fonte: ABTO)
No Brasil, o Sistema Público de Saúde (SUS), financia mais de 95% dos transplantes realizados e também subsidia todos os medicamentos para todos os pacientes. 
É uma das maiores políticas públicas de transplantes de órgãos do mundo.
Em países como a Espanha, essa relação chega a 35 pmp. A Argentina registra o número de 12 pmp.
Assim como a GABRIEL muitas outras ONGs espalhadas pelo território nacional se propõem a incentivar a doação e levar a informação correta à população sobre Transplantes de Órgãos e Tecidos.
Através da informação poderemos alterar esses dados. 
Quanto mais a população se conscientizar da importância de se tornar um doador, menor será a angustiante fila de espera por órgãos.
Não enfrentamos grandes obstáculos à doação de órgãos no Brasil, visto que todo o processo está regulamentado. 
A única forma de um indivíduo se tornar doador de órgãos, após a sua morte, é avisar seus familiares, manifestando, em vida, este desejo. 
Só é possível a Doação de Órgãos no Brasil com a autorização familiar. 
Quando isto ocorre, a família sempre concorda com a doação para satisfazer o "último desejo" deste indivíduo. 
Para entendermos um pouco mais como é o pensamento da população encomendamos uma pesquisa aos alunos da FATEC - Indaiatuba sobre o assunto. 
A pesquisa mostra não só as dúvidas e medos da população, mas retrata a opinião de grande parte dos cidadãos brasileiros que continuam tendo, na falta de informação, o principal empecilho no momento de decidir sobre a doação de órgãos. Clique aqui para ver a pesquisa.
Dentro desse universo existe uma outra realidade que é a do transplante pediátrico. 
Se para o adulto a espera por um doador é difícil, imaginem quando o paciente é uma criança. O número de doadores em potencial reduz significativamente as chances da efetivação do transplante.
Existem hoje no Brasil, diversas Associações Médicas, ONGs e movimentos independentes que trabalham incansavelmente para melhorar esse panorama.
Conheça algumas delas, acessando os sites em nossa relação de link´s.

Dúvidas Mais Frequentes

O que podemos doar?

Um único doador pode beneficiar até 25 pessoas! Ou melhor, 25 vidas! No entanto, os transplantes mais comuns são assim classificados: Órgãos: coração, fígado, rim, pâncreas, pâncreas/rim, pulmão, intestino e estômago. Tecidos: sangue, córnea, pele, medula óssea, dura máter, crista ilíaca, fáscia lata, patela, costelas, ossos longos, cabeça do fêmur, ossos do ouvido, safena, vasos sanguíneos, válvulas cardíacas, tendões e meninge.
Damos abaixo uma lista de alguns órgãos e tecidos que são utilizados para transplantes:

Órgão/TecidoTempo/RetiradaTempo/Transplante
Coraçãoantes da PC*4 - 6 h
Pulmõesantes da PC4 - 6 h
Fígadoantes da PC12 - 24 h
Pâncreasantes da PC12 - 24 h
Rinsaté 30´após PCaté 48 h
Córneasaté 6 h após PC7 a 14 dias
Ossosaté 6 h após PCaté 5 anos
  • A Medula óssea só é feita com o Doador Vivo compatível, por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue.
*PC - parada cardíaca

Como posso me tornar um doador de órgãos?

O passo principal para você se tornar um doador é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo. Não é necessário deixar nada por escrito. Porém, os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte. A doação de órgãos é um ato pelo qual você manifesta a vontade de que, a partir do momento da constatação da morte encefálica, uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, possam ajudar outras pessoas.

O que é morte encefálica?

É a morte do cérebro, incluindo tronco cerebral que desempenha funções vitais como o controle da respiração. Quando isso ocorre, a parada cardíaca é inevitável. Embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte cerebral não pode respirar sem os aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas horas. O termo Morte Encefálica se aplica a condição final, irreversível, definitiva de cessação das atividades do Tronco Cerebral e do Cérebro. Por isso, a morte encefálica já caracteriza a morte do indivíduo. Morte encefálica significa a morte da pessoa. É uma lesão irrecuperável e irreversível do cérebro após traumatismo craniano grave, tumor intracraniano ou derrame cerebral. É a interrupção definitiva de todas as atividades cerebrais. NÃO DEVEMOS CONFUNDIR MORTE ENCEFÁLICA COM COMA. O estado de coma é um processo reversível, o paciente em coma está vivo. A morte encefálica é irreversível, o paciente em morte encefálica não está mais vivo. Para confirmação do diagnóstico da morte encefálica são necessárias três avaliações, realizadas por médicos diferentes. As duas avaliações clínicas são realizadas por dois médicos capacitados. Estes médicos não devem fazer parte de uma equipe transplantadora. O exame complementar, é realizado por um terceiro médico, entre a 1.ª e 2.ª prova clínica ou como 3.ª prova. Crianças entre 7 dias e 2 anos, o exame indicado é o EEG (Eletroencefalograma), que deve ser, no mínimo, realizado duas vezes. São vários os diagnósticos para a verificação de morte encefálica. 

Um deles é o diagnóstico gráfico de Morte Encefálica através de uma angiografia.
Imagem de uma angiografia com fluxo sanguíneo cerebral
Imagem de uma angiografia sem fluxo sanguíneo cerebral

















Outro diagnóstico gráfico é o Doppler transcranino.
Imagem de um Doppler com fluxo sanguíneo cerebral
Imagem de um Doppler sem fluxo sanguíneo cerebral














Todo o processo pode ser acompanhado por um médico de confiança da família do doador. 
É fundamental que os órgãos sejam aproveitados para a doação enquanto ainda há circulação sanguínea irrigando-os, ou seja, antes que o coração deixe de bater e os aparelhos não possam mais manter a respiração do paciente. Mas se o coração parar, só poderão ser doados alguns tecidos como as córneas, pele e ossos.

Quais os requisitos para um cadáver ser considerado doador de órgãos?

  • Ter identificação e registro hospitalar;
  • Ter a causa do coma estabelecida e conhecida;
  • Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central;
  • Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante;
  • Submeter-se a exame complementar que demonstre morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sanguíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral;
  • Estar comprovada a morte encefálica. Situação bem diferente do coma, quando as células do cérebro estão vivas, respirando e se alimentando, mesmo que com dificuldade ou um pouco debilitadas.
Observação: Depois de diagnosticada a morte encefálica, a equipe capacitada da CIHDOTT (Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) do Hospital onde encontra-se o potencial doador ou a equipe da OPO (Organização de Procura de Órgãos) deve informar a família de forma clara e objetiva que a pessoa está morta e que, nesta situação, os órgãos podem ser doados para transplante. Veja mais detalhes naPortaria n°1262 de 16/06/2006

Quem recebe os órgãos e/ou tecidos doados?

Quando é reconhecido um doador efetivo, a central de transplantes é comunicada, pois apenas ela tem acesso aos cadastros técnicos com informações de quem está na fila esperando um órgão. Além da ordem da lista, a escolha do receptor será definida pelos exames de compatibilidade entre o doador e o receptor. Por isso, nem sempre o primeiro da fila é o próximo a receber o órgão.

Como garantir que meus órgãos não serão vendidos depois da minha morte?

As centrais de transplantes das secretarias estaduais de saúde controlam todo o processo, desde a retirada dos órgãos até a indicação do receptor. Assim, as centrais de transplantes controlam o destino de todos os órgãos doados e retirados.

Disseram-me que o corpo do doador depois da retirada dos órgãos fica todo deformado. Isso é verdade?

É mentira. A diferença não dá para perceber. Aparentemente o corpo fica igualzinho. Aliás, a Lei é clara quanto a isso: os hospitais autorizados a retirar os órgãos têm que recuperar a mesma aparência que o doador tinha antes da retirada. Para quem doa não faz diferença, mas para quem recebe sim!

Posso doar meus órgãos em vida?

Sim. Também existe a doação em vida. O médico deverá avaliar a história clínica do doador e as doenças anteriores. A compatibilidade sanguínea é primordial em todos os casos. Há também testes especiais para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso. Os doadores vivos podem doar um dos rins, uma parte do fígado (até 70% do seu tamanho; o fígado, após a doação, se regenera em 45 dias), parte de um pulmão, a medula óssea (veja em nossa página) e o sangue.
Este tipo de doação só pode ser feita para alguém de sua família (até 4º grau) ou no caso de um amigo, será necessário uma autorização judicial.
Este tipo de doação entre vivos, só acontece se não representar nenhum problema de saúde para a pessoa que doa.

Para doar órgãos em vida é necessário:

  • Ser um cidadão juridicamente capaz;
  • Estar em condições de doar o órgão ou tecido sem comprometer a saúde e aptidões vitais;
  • Apresentar condições adequadas de saúde, avaliadas por um médico que afaste a possibilidade de existir doenças que comprometam a saúde durante e após a doação;
  • Querer doar um órgão ou tecido que seja duplo, como o rim, e não impeça o organismo do doador continuar funcionando;
  • Ter um receptor com indicação terapêutica indispensável de transplante;
  • Ser parente de até quarto grau ou cônjuge. No caso de não parentes, a doação só poderá ser feita com autorização judicial;

Órgãos e tecidos que podem ser doados em vida:

  • Rim;
  • Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue);
  • Fígado (apenas parte dele, em torno de 70%);
  • Pulmão (apenas parte dele, em situações excepcionais);
  • Sangue.

Quem não pode doar?

  • Pacientes portadores de insuficiência orgânica que comprometa o funcionamento dos órgãos e tecidos doados, como insuficiência renal, hepática, cardíaca, pulmonar, pancreática e medular;
  • Portadores de doenças contagiosas transmissíveis por transplante, como soropositivos para HIV, doença de Chagas, hepatite B e C, além de todas as demais contra-indicações utilizadas para a doação de sangue e hemoderivados;
  • Pacientes com infecção generalizada ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas;
  • Pessoas com tumores malignos com exceção daqueles restritos ao sistema nervoso central, carcinoma basocelular e câncer de útero e doenças degenerativas crônicas.

O que diz a Lei brasileira de transplante atualmente?

Lei que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante é a Lei 9.434, de 04 de fevereiro de 1997, posteriormente alterada pela Lei nº. 10.211, de 23 de março de 2001, que substituiu a doação presumida pelo consentimento informado do desejo de doar. Segundo a nova Lei, as manifestações de vontade à doação de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, após a morte, que constavam na Carteira de Identidade Civil e na Carteira Nacional de Habilitação, perderam sua validade a partir do dia 22 de dezembro de 2000. Isto significa que, hoje, a retirada de órgãos/tecidos de pessoas falecidas para a realização de transplante depende da autorização da familiar.
Sendo assim, é muito importante que uma pessoa, que deseja após a sua morte, ser uma doadora de órgãos e tecidos comunique à sua família sobre o seu desejo, para que a mesma autorize a doação no momento oportuno.

Como pode ser identificado um doador de órgãos?

A Centrais Estaduais também têm um papel importante no processo de identificação/doação de órgãos. As atribuições das CNCDOs são, em linhas gerais: a inscrição e classificação de potenciais receptores; o recebimento de notificações de morte encefálica, o encaminhamento e providências quanto ao transporte dos órgãos e tecidos, notificação à Central Nacional dos órgãos não aproveitados no estado para o redirecionamento dos mesmos para outros estados, dentre outras. Cabe ao coordenador estadual determinar o encaminhamento e providenciar o transporte do receptor ideal, respeitando os critérios de classificação, exclusão e urgência de cada tipo de órgão que determinam a posição na lista de espera. O que é realizado com o auxílio de um sistema informatizado para o ranking dos receptores mais compatíveis. 
A identificação de potenciais doadores é feita, principalmente, nos hospitais onde os mesmos estão internados, através das Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, nas UTIs e Emergências em pacientes com o diagnóstico de Morte Encefálica. As funções da coordenação intra-hospitalar baseiam-se em organizar, no âmbito do hospital, o processo de captação de órgãos, articular-se com as equipes médicas do hospital, especialmente as das Unidades de Tratamento Intensivo e dos Serviços de Urgência e Emergência, no sentido de identificar os potenciais doadores e estimular seu adequado suporte para fins de doação, e articular-se com a respectiva Central de Notificação, Captação e Distribuição de órgãos, sob cuja coordenação esteja possibilitando o adequado fluxo de informações.

Conscientização

É preciso olhar sob o ponto de vista do paciente em fila de espera.
Imaginemo-nos em seu lugar. Tente sentir a angustia de um dia após o outro, aguardando o telefone tocar com a possibilidade de um doador. Conviva com a deficiência de um órgão frágil, do qual depende sua vida e por muitas vezes, morrer enquanto se espera. Adicione-se a isso o sofrimento familiar. Todos ficam "doentes" de uma certa maneira. Conseguiu?
Quem sabe, a partir dessa perspectiva, o número de rejeição familiar passe a diminuir.
Extraímos do site DOEAÇÂO (que já não existe mais) o texto abaixo que exprime essa conscientização.

"Um dia, um doutor determinará que meu cérebro deixou de funcionar e que basicamente minha vida cessou. Quando isso acontecer, não tentem introduzir vida artificial por meio de uma máquina. Ao invés disso, dêem minha visão ao homem que nunca viu o sol nascer, o rosto de um bebê ou o amor nos olhos de uma mulher. Dêem meu coração a uma pessoa cujo coração só causou intermináveis dores. Dêem meus rins a uma pessoa que depende de uma máquina para existir, semana a semana. Peguem meu sangue, meus ossos, cada músculo e nervos de meu corpo e encontrem um meio de fazer uma criança aleijada andar. Peguem minhas células, se necessário, e usem de alguma maneira que um dia um garoto mudo seja capaz de gritar quando seu time marcar um gol, e uma menina surda possa ouvir a chuva batendo na sua janela. Queimem o que sobrou de mim e espalhem as cinzas para o vento ajudar as folhas nascerem. Se realmente quiserem enterrar alguma coisa, que sejam minhas falhas, minhas fraquezas e todos os preconceitos contra meus semelhantes. Dêem meus pecados ao diabo e minha alma a Deus. Se quiserem lembrar de mim, façam-no com um ato bondoso ou dirijam uma palavra delicada a alguém que precise de vocês. Se vocês fizerem tudo o que estou pedindo, viverei para sempre."

Fonte: Leitor de um jornal de grande circulação, comovido com a situação dos transplantes em nosso país com o objetivo de incentivar a cultura da doação.

Oração do Doador:

Ao Deus do meu coração e do meu entendimento, que me proporcionou um corpo saudável e um coração generoso. Fazei que, nenhuma vontade de parente ou amigo, suplante o meu desejo e determinação de ser um doador de órgãos e de tecidos. . Rogo, a todos que tiveram oportunidade e influenciaram em minha vida. Que após a minha morte, reservo-me o direito de, agradecendo ao Criador, devolver este corpo que serviu de vestimenta ao meu Ser, para que continue a servir ao meu Deus e a humanidade. Que assim seja! Doar não dói, doe...
Autoria do Sr. Aldorindo Braz Mayer morador de Indaiatuba

LEGISLAÇÃO

Para uma consulta mais ampla veja:
Sistema Nacional de Transplantes - Portal de Transplantes com informações atualizadas.
Legislação Sistema Nacional de Transplantes só até 2006 e alguns links não funcionam mais.
Consulte também o SAÚDELEGIS do MS:
Sistema de Legislação da Saúde coloque no campo "assunto", o termo "transplante de órgãos".

sexta-feira, 14 de março de 2014

Entre no link http://www.husm.ufsm.br/cihcot/ e saiba mais sobre Doação de Órgãos e Tecidos


http://www.husm.ufsm.br/cihcot

Palavra da Comissão


Com enorme satisfação, estamos iniciando a entrada na rede mundial de computadores com uma página ágil e educativa, certamente mais um passo na divulgação desta causa tão importante e solidária - doar órgãos. Este passo é um marco em nossa caminhada para levar o máximo de conhecimento à sociedade sobre nosso trabalho e as etapas da doação de órgãos e tecidos.
Neste momento de alegria com esse novo avanço, torna-se oportuno uma rememoração desta trajetória desde os seus primeiros movimentos. No final de 2000, com a regulamentação das Comissões intra-hospitalares de captação de órgãos e tecidos, o HUSM criou sua comissão. Em abril de 2003, assumimos a coordenação desta comissão. Em 2004, conseguimos rotinizar nossos procedimentos e iniciar um programa de educação permanente intra-hospitalar em captação de órgãos e tecidos. Também criamos nossa logomarca. Hoje, contamos com rotinas e todos os setores do hospital envolvidos diretamente são sabedores destes procedimentos.
Neste momento de lan�amento, temos que dividir os méritos das nossas atividades com vários colaboradores, em especial, com a equipe da CTI, do Pronto Socorro, do Bloco Cirúrgico, com os neurologistas do Pronto Socorro, com a radiologia, o laboratório, o Departamento Médico Legal, assim como, todos os funcionários do hospital que tiveram o carinho por esta causa. Agradecemos, em especial, à enfermeira Tânia Hansel que esteve na comissão até o início deste ano e contribuiu de forma efetiva na composição de nossas ações. Ainda e, principalmente, às famílias que souberam conjugar tão bem o verbo doar vida.
Dr. Rafael Cauduro - Coordenador da Comissão Intra-hospitalar de Captação de Órgãos e Tecidos - CIHCOT


 
Depoimentos

A doação de órgãos é uma lição de amor e cidadania, e as pessoas buscam informações e concordam cada vez mais com o ato. A retirada de órgãos ocorre depois de constatada a morte cerebral, enquanto o coração continua pulsando e mantendo a irrigação sanguínea do corpo. É importante saber que a função da equipe médica e o seu objetivo é salvar vidas e a doação só será cogitada quando realmente a morte cerebral for verificada. Doar órgãos é um ato de superação, pois no momento da morte de um ente querido os familiares encontram-se muito sensibilizados. Mas, o sentimento de solidariedade e a certeza de ter salvo vidas pode confortar o coração e abrandar a dor. Atualmente, o Rio Grande do Sul tem mais de 3,3 mil pessoas que esperam na fila por um transplante de coração, rim, fígado, pâncreas, pulmão ou córneas.
Abaixo você confere depoimentos de pessoas que receberam órgãos, de familiares de doadores e de pacientes que aguardam pelo transplantes.

    "Antes do transplante, a vida era muito difícil, eu não tinha disposição nenhuma pra sair de casa, até comer era complicado, além disso, três vezes por semana eu precisava vir até Santa Maria para fazer hemodiálise.
    O problema é que onde eu moro não tem ambulância, por isso vinha de ônibus. Eram três horas de viagem até o hospital, às vezes fazia diálise só por duas horas (o ideal seriam quatro) porque precisava voltar pra rodoviária.
    Agora tenho uma vida normal, posso sair e sou muito mais disposto pra tudo. Queria conhecer as famílias que me ajudaram, mas é muito difícil. Gostaria que eles soubessem que graças a Deus e a esse ato de superação, hoje eu estou bem."
Wilson de Moura - recebeu um rim há quatro anos.

    "Eu acredito que os familiares dos receptores devem ter ficado rezando pela gente, porque ficamos bem. Apesar de ele ser novo, ter quarenta e dois anos, dois filhos e ser totalmente saudável, foi algo que aconteceu de repente, nos pegou de surpresa, mesmo assim ficamos bem, acho que os receptores rezaram por nós sim.
    Quando aconteceu foi um choque pra gente, mas eu nem esperei a comissão vir fazer a abordagem, quando constataram a morte cerebral eu fui até os médicos e avisei que meu irmão era doador. Nem perguntei ao meu pai e minha mãe, sabia que esta era a sua vontade e que se começássemos a ponderar acabaríamos vacilando, porque o maior medo que os familiares têm é de que o paciente não esteja realmente morto. É muito difícil tu ver o corpo corado, quente, com o coração pulsando e ter de se convencer que a pessoa não está mais lá.
    O sentimento que fica é o de ter ajudado alguém, é confortante saber que existem pessoas que foram salvas pelo meu irmão, ele ajudou oito pessoas e eu sei que onde estiver, com certeza está feliz."
Maria Eliane Savegnago - Enfermeira - doou os órgãos do irmão.

    "Hoje, depois de 16 anos de transplante, cada dia que passa eu considero uma vitória. O que eu gostaria de dizer pras pessoas é que essa nova vida só me foi possibilitada pela família do doador, um metalúrgico de Canoas, que naquele momento extremo de dor, de agonia, de sofrimento, teve a coragem de fazer a doação, e eu sou eternamente grato a essa família, embora não a conheça.
    Pra mim foi muito difícil porque eu tive que mudar os meus hábitos, passei a ter muitas limitações, principalmente, profissionais, já que eu trabalhava com esportes. Em 1988, eu tive a primeira parada cardíaca, a partir daí, a doença evoluiu e tive que ir pra Porto Alegre, mas ainda não estava na fila de espera pelo coração porque os médicos queriam tentar alguns poucos procedimentos que talvez pudessem salvar a minha vida. Porém, a doença continuou evoluindo até que eu tive a segunda parada cardíaca e fui obrigado a entrar na fila e esperar por um coração. Isso aconteceu em maio de 1989 e como eu era um paciente de risco, em quinze dias recebi o órgão. Hoje estou com 52 e dois anos e voltei a desenvolver minhas atividades normalmente."
Jo�o Carlos Cechela - 52 anos - recebeu um coração há 16 anos.

    "Há oito anos e meio faço hemodiálise e estou na lista de espera pelo transplante há mais de seis. Já fui relacionado várias vezes para transplante. Perdi a conta, mas acho que foram mais de 15 vezes e ainda não encontrei doador compatível. Minha família é de Caiçara, no Norte do Estado, e eu tive que vir para Santa Maria em função da hemodiálise. Antes de começar a fazê-la, vinha para cá a cada 120 dias para os exames e consultas de controle. Esse período, do diagnóstico até o início da hemodiálise, foi de dois anos e meio.
    Ainda falta esclarecimento sobre a doação, principalmente, em relação à morte cerebral. Há muita dúvida também quanto ao procedimento de retirada de órgãos. Eu mesmo já fui questionado sobre isso, há pessoas que não sabem que o coração ainda deve estar em atividade e que pensam que os médicos aplicam injeções letais para fazer com que o coração pare. Alguns têm um pensamento totalmente diferente do que realmente acontece. Para haver maior quantidade de doações, tem que haver um esclarecimento completo sobre todo o procedimento. Falta conhecimento por parte das pessoas.
    Outra coisa que atrapalha é que a maioria das pessoas não tem conhecimento das limitações pelas quais nós, que esperamos por um transplante, passamos. Como por exemplo, as viagens. No meu caso, os meus familiares moram a uma distância muito grande de Santa Maria, aproximadamente 300 quilômetros, e eu não tenho como visitá-los. Minha mãe é viva e eu não posso vê-la. Não é possível eu fazer uma viagem dessas, pois preciso de três sessôes semanais de hemodiálise.
    O fato de ter que fazer hemodiálise durante quatro horas, três vezes por semana, limita o horário para trabalhar e reduz drasticamente a chance de conseguir um vínculo empregatício. Eu tenho condições físicas para trabalhar, mas tive que desistir. Recebo uma aposentadoria por invalidez, o que reduz bastante os meus ganhos.
    Essas são coisas que as pessoas têm que conhecer. Elas não pensam sobre esse assunto se não têm alguém na família ou um amigo que espera por um transplante.
    Apesar da dor da perda, a doação é uma forma que a família tem de possibilitar que alguns órgãos dessa pessoa continuem vivos. Nós que dependemos de um óbito, de uma morte cerebral, não queremos que as pessoas morram, mas sabemos que se isso ocorre, os familiares têm mais é que permitir a doação. Até porque, o paciente que sofreu um acidente pode voltar a ter uma vida normal e o transplantado sempre vai depender de tratamento médico.
    Dificilmente, quando se conscientiza a família de que se quer ser doador ela irá se recusar a fazer a doação. Até mesmo em respeito à vontade da pessoa. Mesmo que não seja um assunto sobre o qual as pessoas falam, cada um de nós deve falar para a família sobre sua vontade. Não adianta existir lei, se é a vontade da família que tem de ser respeitada. Por isso, deve haver conscientização.
    Não se pode concordar com o que não se conhece, o esclarecimento é a base de tudo."
Darci José Trevisan - 59 anos - espera por um transplante há mais de seis anos

quarta-feira, 12 de março de 2014

Campanha visa sensibilizar pessoas para a doação de órgãos e tecidos em Goiás

14/01/2014 15h33 - Atualizado em 15/01/2014 07h58



Lançado nesta terça (14), projeto promove ações em locais movimentados.
Em Goiás, mais de mil pessoas esperam por transplante, segundo secretaria.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Comente agora
A Secretaria Estadual de Saúde lançou nesta terça-feira (14) uma campanha para incentivar a doação de órgãos e tecidos em Goiás. No estado, a fila de espera por transplantes é de mais de mil pessoas, segundo a Central de Transplantes. Durante o projeto, vão ser promovidas ações em locais movimentados de Goiânia.
Enfermeiros e psicólogos trabalham na conscientização das pessoas. No primeiro dia da campanha, tendas foram montadas no Aeroporto Santa Genoveva, onde o fluxo de passageiros é constante. O ato, que começou às 8 horas da manhã, se estende até às 18 horas. A mesma ação será promovida na próxima terça-feira, dia 21, na Rodoviária de Goiânia.
De acordo com diretor da Central de Transplantes, Luciano Leão, os interessados em ser doador têm que deixar claro a vontade em vida. "Queremos fazer com que as pessoas se sensibilizem com a doação de órgãos e tecidos. Hoje a legislação é bem clara. Se as pessoas não forem doadoras de maneira espontânea, as famílias não vão ter como autorizar", explica o diretor.
Transplantes
Após morte cerebral confirmada, cada pessoa que se declara potencial doadora pode salvar pelo menos outras sete pessoas, que aguardam por exemplo, um transplante renal, de fígado, pâncreas, coração ou córnea. Conforme levantamento da Central de Transplantes do Estado, foram realizados 919 procedimentos deste tipo em Goiás em 2013, sendo a maioria deles, 793, de córneas.
Na comparação entre 2012 e 2013, a fila de pessoas que esperavam pela cirurgia diminuiu 36%. Apesar do cenário positivo, o gerente da central, Luciano Leão, diz que o estado enfrenta três grandes desafios na área de transplantes: o reduzido número de hospitais que fazem o procedimento; o pouco envolvimento dos profissionais de saúde e a falta de capacitação dos mesmos; e a resistência das famílias em fazer os exames que atestam a morte cerebral.
Profissionais da saúde orientam passageiros no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, Goiás (Foto: Divulgação/ Sebastião Nogueira)

Fonte:http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/01/campanha-visa-sensibilizar-pessoas-para-doacao-de-orgaos-e-tecidos.html

segunda-feira, 10 de março de 2014

BRASIL BATE META DE DOAÇÕES DE ÓRGÃOS COLOCADA PARA SER ALCANÇADA EM 2013

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

BRASIL BATE META DE DOAÇÕES DE ÓRGÃOS COLOCADA PARA SER ALCANÇADA EM 2013

Tainah Medeiros

Fonte: http://drauziovarella.com.br/noticias/brasil-bate-recorde-de-doacao-de-orgaos-meta-era-esperada-apenas-para-2013/

País registra 13,6% de doadores de órgãos por milhão de população no primeiro quadrimestre
  • No primeiro quadrimestre do ano de 2012, o Brasil já bateu a meta de doações de órgãos colocada para ser alcançada apenas em 2013. O país registrou 13,6 doadores de órgãos por milhão de população, com aumento de 29% no número de concessores (726) comparado ao mesmo período de 2011, que totalizou 564. O objetivo do Ministério da Saúde é chegar a 15 doadores por milhão de população em 2015.
    O número de transplantes também aumentou: no primeiro quadrimestre de 2012 foram realizados 7.993, crescimento de 37% comparado ao mesmo período de 2011, quando foram notificados 5.842.
    Vale ressaltar que o Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo, realizando 95% das cirurgias de transplante no SUS — que oferece assistência integral ao paciente transplantado, incluindo exames periódicos e medicamentos pós-transplante.
    Os órgãos que mais impulsionaram o desempenho dos transplantes no Brasil nesse primeiro quadrimestre foram coração, pulmão, rim e fígado, com índices de crescimento elevados. Veja:
    primir
    Também houve crescimento no número de transplantes de medula óssea (32%) e córnea (40%).
    Doação de órgãos no Facebook
    Estimulado pelo aumento de doadores, o Ministério da Saúde fez uma parceria com a rede social Facebook para ampliar ainda mais o número de transplantes feitos no Brasil.
    Por meio de uma ferramenta já disponível no perfil do usuário da rede social, será possível manifestar o desejo de ser doador de órgãos. Ainda assim, a doação só poderá acontecer após autorização da família.
    Quem tiver interesse em utilizar a ferramenta deve entrar em seu perfil no Facebook, clicar em Atualizar Status, escolher a opção Evento Cotidiano e, em seguida, na opção Saúde e Bem-Estar, ativar a opção “Doador/a de órgãos”.


quarta-feira, 5 de março de 2014

Saiba mais sobre a Campanha de doação de órgãos e tecidos,conheça a ONG "ADOTE" e veja como adquirir o romance "Caramelos Emaranhados"

Conheça a ADOTE, saiba mais sobre Doação de òrgãos e Tecidos:
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Adquira seus romances:
 "Caramelos Emaranhados"
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E "O outro lado de Sameli Mendes"
https://clubedeautores.com.br/book/157917--O_outro_lado_de_Sameli_Mendes


Veja sobre Teresa Azevedo

Membro Efetivo da ANLPPB - Cadeira 06
(Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro) nos links:
www.teresaazevedo.prosaeverso.net
http://caramelosemaranhados.blogspot.com.br/
www.transtornobipolar-relatoscontnuos.blogspot.com

Participe das Campanhas:

Valorize o poeta vivo!
Comunique aos seus familiares seu desejo em doar seus órgãos e tecidos após sua morte!




Conte sua história para que o mundo veja a importância da doação de órgãos e tecidos

Caro leitor, convido-o a compartilhar conosco sua história enquanto familiar ou doador potencial de órgãos e tecidos, paciente dialítico, parente ou conhecido de alguém que aguarda na fila de doação de órgãos.
Vamos fazer deste um espaço de interação, reflexão e conscientização.


Envie um e-mail para krika3@gmail.com colocando no subject "doação de órgãos e tecidos caramelos emaranhados".