Campanha de doação de órgão e tecidos para transplante
“Caramelos emaranhados”
Nos emaranhados da vida,
surpresas de caramelos.
surpresas de caramelos.
Comunique
os seus familiares sobre o seu desejo de ser um doador de órgãos após a morte.
Salve vidas!
Você deve estar imaginando qual a razão de eu ter
escolhido a doença renal como tema do livro: se por sofrer desse mal ou ter
alguém na família ou próximo que sofra. Não foi por qualquer dessas razões: há
alguns meses a ideia de escrever o romance veio à cabeça como num passe de
mágica.
Claro que o desenrolar da trama foi tecido ao longo
dos meses, época em que não só a escrevi como sujeito externo a ela, como
também vivi o dia a dia dos personagens, aprofundei-me na história de tal modo
que cheguei a sentir as dores e alegrias de cada um.
Sofri a dor de Bruno e de seus familiares, sua coragem
e resistência emocional apesar de ser tão jovem. Senti a ligação que o unia a
Caio desde criança e a maturidade e o altruísmo deste último, que não vacilou
um instante sequer em sua decisão de doar o rim para o irmão. Vivi a carência
inicial de Stephanie, sua carência e inconsequência, e também os medos e
preconceitos de Rodolfo, bem como sua superação. Experimentei o ciúme e a
dificuldade de Márcia, a convivência dos quatro irmãos e de suas famílias e o
arrependimento de Júlio...
Algumas pessoas me perguntaram por que o garoto não
poderia sofrer de outra doença e qual a razão do título ser “Caramelos
Emaranhados”. Eu não sei responder sobre o motivo de esta ser a doença
escolhida para compor o romance. Apenas foi assim que a história me chegou, com
a doença e a trama que percorre diversas vidas, com as balas (caramelos) e os
personagens.
Quanto ao título, dois nomes vieram à minha mente –
“Caramelos emaranhados” e “Caramelos entrelaçados”. Decidi pelo primeiro
conversar com amigos sobre o livro, quando percebi que emaranhados faria mais sentido, afinal, as vidas dos personagens
não apenas se entrelaçam como existem situações confusas, misteriosas e não
convencionais. Já caramelos
representam o lado bom de tudo: o amor, a paixão, o arrependimento, o perdão, a
doação, a ligação fraterna, a união das famílias em torno de algo maior.
A história veio fechadinha, como em um belo pacote de
presente. De presente? Você fala de uma
doença como um presente?, perguntaram-me certa vez. Respondo que sim, e
sabem por quê? Porque o belo invólucro vermelho com fitas douradas nada mais é
que o sucesso do transplante de Bruno graças à doação de Caio. Este gesto é
inspirador, e por este motivo lanço aqui uma nova campanha: a “Campanha para
doação de órgãos e tecidos - Caramelos Emaranhados”.
O sofrimento é algo muito complexo e difícil, e cada
pessoa responde a ele de um modo. Alguns são resignados, outros se revoltam,
uns não suportam a dor e desistem de suas vidas, e há também os que creem,
lutam, resistem e vencem.
A meu ver, sofrer por sofrer nunca faz sentido, é
preciso tirar de tudo o melhor, ainda que seja tão difícil que nos pareça
impossível. Escrevendo esta história eu senti necessidade de um conforto para
os personagens, para mim e, principalmente, para todos os que de fato são
acometidos por essa e muitas outras moléstias para as quais um transplante de
órgãos ou tecidos seria a solução (ainda que não a cura, mas o tratamento
ideal).
Por isso, pretendo que esta seja a gotinha de água que
eu, bem-te-vi, jogo na floresta incendiada. Vou mais longe: que Deus, em Sua
infinita bondade, faça com que esta gota, somada a tantas outras gotas da mesma
água aqui e ali, devolva-nos a floresta restaurada.
Antes da campanha em si quero chamar a atenção de
vocês sobre a Doença Renal Crônica (DRC), também conhecida Insuficiência Renal
Crônica, mal com o qual o personagem Bruno foi acometido em virtude da
glomerulonefrite.
A DRC é um
problema de saúde pública mundial. No mundo, mais de um milhão de pessoas estão
em diálise atualmente e outros milhões apresentam algum grau de comprometimento
da função renal leve ou moderada. Como
fatores de risco importantes para a DRC estão: a hipertensão arterial, o
diabetes melittus, sobrepeso,
tabagismo, idade acima de 50 anos, história familiar de doença renal e o
histórico pessoal de algum tipo de doença renal.
Segundo a
Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), estudos da população mundial
demonstram que a prevalência da alcança 7,2% para indivíduos acima de 30 anos e
de 28% a 46% em indivíduos acima de 64 anos. No Brasil estima-se que 10 milhões
de indivíduos tenham algum grau de DRC, ou seja, prevalência de 50/100.000
habitantes. Existem mais de 90 mil brasileiros em diálise, sendo 90% em
hemodiálise, com um custo anual de dois bilhões de reais. Destes, de acordo com o censo da SBN, 35,2% de
hipertensos, 27,5% para diabetes, 12,6% para glomerulonefrites, 4,2% para
doença renal policística e 20,5% para outros diagnósticos. O percentual de
mortalidade dos pacientes em diálise é de 17%, com um aumento progressivo
nos últimos anos.
Os estados
avançados demonstram aumento de internações hospitalares, mortalidade
cardiovascular, grande impacto na qualidade de vida e, consequentemente, alto
custo para a saúde pública. Assustadoramente, pacientes de 30 anos com a doença
em diálise tem um índice de mortalidade semelhante a um indivíduo de 80 anos
sem a doença. Portanto, todos devem ficar atentos aos sintomas e,
percebendo-os, procurar imediatamente um médico, preferencialmente um
nefrologista, que auxiliará em seu tratamento.
A boa notícia
é que o Brasil tem o maior programa público de transplante renal do mundo. Em
2010 foram realizados 4.657 transplantes de rim no Brasil, sendo 3.003 com
doador falecido e 1.654 com doador vivo. Mesmo assim, a falta de informação
ainda é um problema sério. Converse com seus familiares, expresse sua vontade
em ser um doador e estimule-os a fazer o mesmo.
O que é nefrologia?
Nefrologia é uma especialidade médica dedicada ao
diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário,
principalmente relacionadas ao rim. O médico especializado nas doenças do
sistema urinário chama-se médico nefrologista.
Entre suas diversas atividades
pode-se destacar:
•
prevenção de doenças renais;
• diagnóstico e tratamento de hipertensão arterial (pressão alta);
• diagnóstico e tratamento de infecções urinárias;
• diagnóstico e tratamento de nefrites;
• diagnóstico e tratamento de litíase renal (pedra nos rins);
• diagnóstico e tratamento de doenças renais císticas;
• diagnóstico e tratamento da doença renal crônica;
• diagnóstico e tratamento da lesão renal aguda;
• hemodiálise;
• diálise peritoneal;
• transplante renal.
• diagnóstico e tratamento de hipertensão arterial (pressão alta);
• diagnóstico e tratamento de infecções urinárias;
• diagnóstico e tratamento de nefrites;
• diagnóstico e tratamento de litíase renal (pedra nos rins);
• diagnóstico e tratamento de doenças renais císticas;
• diagnóstico e tratamento da doença renal crônica;
• diagnóstico e tratamento da lesão renal aguda;
• hemodiálise;
• diálise peritoneal;
• transplante renal.
Recomenda-se que
pacientes com mais de 40 anos consultem anualmente um médico nefrologista e
façam os exames de dosagem da creatinina no sangue e o exame de urina. Para pacientes
com diabetes, pressão alta, história familiar de problemas renais, pedra nos
rins, história de nefrites ou infecção na infância recomenda-se consulta e
acompanhamento com um médico nefrologista.
A
Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) pode ser contatada através do e-mail secret@sbn.org.br ou do site www.sbn.org.br, onde são disponibilizadas informações
como: endereços das Centrais de Transplante, Centros de Diálise,
associações de pacientes no Brasil, direitos do paciente, as funções do rim e suas
doenças comuns, prevenção e tratamento de doenças, dicas de alimentação e
indicações de livros.
Ao
colocarmo-nos no lugar dos pacientes que necessitam de um transplante de órgãos
ou de seus familiares, facilmente nos conscientizaremos de que um gesto simples
pode fazer toda a diferença.
Para
melhor entendimento a respeito da doação de órgãos e tecidos, comecemos por
explicar em que ela consiste. Doação de órgãos e tecidos nada
mais é que a retirada de órgãos ou tecidos saudáveis do corpo do doador
para substituir órgãos ou tecidos doentes do receptor.
Como
posso ser um doador após a morte?
Informando
verbalmente a sua família sobre seu desejo de ser doador. Não é preciso deixar
por escrito.
Existem
dos tipos de doares:
Doador
vivo: qualquer
cidadão juridicamente capaz nos termos da lei que se disponha consciente e
gratuitamente a fazer a doação de rins, parte do fígado, parte da medula óssea,
ou parte do pulmão, sem comprometimento de sua saúde e aptidões vitais, sendo
que tenha até o quarto grau de consanguinidade com o receptor – ou seja: pai,
mãe, avós, tios, primos, irmãos, sobrinhos e filhos. Para cônjuges ou outros
indivíduos é necessária autorização judicial.
Doador
cadáver: são
pacientes de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com morte encefálica
devidamente comprovada e mediante a autorização da família. Neste caso, os
órgãos e tecidos que podem ser doados são: coração, pulmão, fígado,
pâncreas, intestino, rim, córnea, veia, ossos e tendões.
Os órgãos retirados atenderão aos pacientes que aguardam em uma lista única definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Ministério Público.
O diagnóstico da morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. São realizados exames clínicos e complementares durante intervalos de tempo variáveis, próprios para determinadas faixas etárias. Pelo menos dois médicos diferentes, não integrantes da equipe de remoção e transplante, realizam tais exames.
A retirada dos órgãos é feita como qualquer outra cirurgia, portanto o corpo do doador não apresentará deformidades após a retirada dos órgãos, podendo ser velado normalmente.
Os órgãos retirados atenderão aos pacientes que aguardam em uma lista única definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Ministério Público.
O diagnóstico da morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. São realizados exames clínicos e complementares durante intervalos de tempo variáveis, próprios para determinadas faixas etárias. Pelo menos dois médicos diferentes, não integrantes da equipe de remoção e transplante, realizam tais exames.
A retirada dos órgãos é feita como qualquer outra cirurgia, portanto o corpo do doador não apresentará deformidades após a retirada dos órgãos, podendo ser velado normalmente.
A
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTN) disponibiliza o e-mail abto@abto.org.br e
o site www.abto.org.br, onde outras informações poderão ser
encontradas.
Acesse o
site e conheça todo o conteúdo que pode salvar vidas e fazer de você uma pessoa
melhor enquanto doador de órgãos!
Disque
Saúde: 0800 61 1997
Sistema Nacional de Transplantes: (61) 3306-8212
ABTO: Tel.: (11) 3262-3353 - 3263-0313
Sistema Nacional de Transplantes: (61) 3306-8212
ABTO: Tel.: (11) 3262-3353 - 3263-0313
Sociedade Brasileira de Nefrologia
Tel: (55-11)
5579-1242
ABTO
Tel.: (55-11)
3262-3353 - 3263-0313
Sistema Nacional de Transplantes:
Clínica
do Rim
Centro
Médico de Campinas
Tel: (55-19)
32876765
Disque Saúde: 0800 61
1997
Centro Integrado de Nefrologia
Universidade
Estadual de Campinas
Tel: (55-19)35218050